Siga
sete passos e reverta uma fofoca sobre você no trabalho
Heloísa Noronha
Do UOL, em São
Uma fofoca pode causar arranhões na imagem
profissional de alguém. Mas é possível, sim, tomar algumas medidas para tentar
reverter a situação. Antes de saber quais atitudes são essas, lembre-se que a
melhor maneira de não cair na armadilha da boataria corporativa é justamente
não fomentá-la. "Em uma empresa, nunca se sabe até onde determinada
informação pode chegar ou se foi distorcida. Por isso, não repasse
boatos", afirma a consultora Tali Alkalay Brenman, fundadora da Etz,
empresa de orientação de carreira.
1.
Seja racional: mantenha o
autocontrole e busque aliados, ou seja, pessoas que possam o ajudar a combater
a fofoca. Nunca tome uma decisão a partir de uma fofoca. Se o fizer, estará
agindo de forma errada. "Tudo o que a pessoa que inventou o boato quer é
desestabilizar o alvo. Quem cai no jogo está perdido", fala Leandro
Garcia, professor de Gestão de Pessoas e Liderança da IBE-FGV (Institute
Business Education – Fundação Getulio Vargas).
2. Junte-se ao inimigo: para Leandro Garcia, uma estratégia
inteligente é, em vez de partir para o confronto, se aliar ao inimigo.
"Descubra quem é o fofoqueiro e faça o contrário do que ele imagina. Tente
se aproximar, com isso você o acompanhará de perto. O efeito surpresa nesse
caso pode ser uma importante arma a seu favor", afirma.
3.
Peça apoio à chefia: busque o aval e o apoio dos chefes, de acordo com
Alexandre Rangel, sócio-fundador da empresa de treinamento executivo Alliance
Coaching. "Conforme as circunstâncias, só isso já será suficiente para
abafar o caso e gerar a credibilidade necessária à vítima", diz.
4.
Esclareça publicamente: para a consultora de carreira Tali Alkalay Brenman,
juntar a equipe e tentar esclarecer as coisas é uma forma de contornar a
situação. "Mas quando há comprometimento do desempenho ou o emprego da
pessoa entra em jogo, o melhor é pedir uma investigação interna, envolvendo
chefia e profissionais de RH que possam mediar e analisar de fora a questão",
conta. Dependendo da gravidade do caso, uma acareação também pode ser uma
saída, pois colocar a vítima frente ao fofoqueiro ajuda a eliminar qualquer
nova possibilidade de invenções.
5.
Mostre (ainda mais) competência: para Francisco R. Bittencourt, consultor do
Instituto MVC de educação corporativa e consultoria, o mais eficaz "cala a
boca" em se tratando de fofoca é demonstrar uma performance de qualidade e
com consequências positivas para a empresa. "O sucesso percebido por todos
deve silenciar os maledicentes", diz o especialista. "O esforço do
profissional deve ser redobrado. Além do trabalho, é preciso avaliar quais
aspectos da sua imagem foram mais prejudicados e trabalhá-los", informa
Leandro.
6.
Aproxime-se das pessoas certas: a fofoca é uma arma apontada para alguém que,
normalmente, está em ascensão na carreira ou àquela pessoa que está causando
inveja no fofoqueiro. "Por isso, aproxime-se das pessoas de decisão e
mostre seu verdadeiro valor profissional a elas, seja através da sua postura ou
do seu talento", fala Leandro, da IBE-FGV.
7. Aprenda a se precaver: de acordo com a coach Daniela do
Lago, especialista em comportamento organizacional, a experiência deve servir
como aprendizado para a pessoa se tornar mais atenta e se manter imune a novas
armadilhas que possam expor sua imagem novamente. "É essencial evitar se
colocar em situações que possam gerar mensagens dúbias ou exposição para
eventuais fofocas. Em ambientes de trabalho, as pessoas são competitivas. Amizade é para poucos", diz.
Julio Barbosa, coordenador do curso de
pós-graduação em Comunicação Organizacional e Negócios do Centro Universitário
Belas Artes de São Paulo, diz que agir preventivamente e ter um plano de crise
pessoal é fundamental.
"Mantenha sua vida pessoal fora do alcance dos
colegas de trabalho, evite confissões, não aceite convites para atividades
particulares se não tiver certeza das intenções de quem convida, não beba até
cair nas festas e reuniões, nunca altere seu tom de voz e, principalmente,
demonstre cordialidade e educação com todos. Pessoas ressentidas são
cruéis", declara Julio.
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