Combate
ao escalpelamento no interior depende do apoio de prefeitos
Maiara Pires
Do G1 AP
Equipe da Capitania dos Portos
colocando a proteção de metal no motor de um barco na Feira do Açaí, no
complexo do Ver-o-peso, em Belém (Foto: Natália Mello/G1)
O comandante da
Capitania dos Portos do Amapá, Carlos Neves, disse nesta
terça-feira (20) que a instituição precisa do apoio das prefeituras amapaenses
para intensificar as ações de combate ao escalpelamento - acidente em que o
couro cabeludo é arrancado pelo eixo do motor de embarcações.
O primeiro caso
de 2013 no Amapá foi registrado no domingo (18), no município de Porto Grande, a 108 quilômetros de Macapá. A menina de 10 anos acidentada foi
submetida a procedimento cirúrgico nesta terça-feira (20), no Hospital de
Emergências da capital, e está em observação.
"Para
chegarmos às localidades mais distantes de Macapá e Santana, onde concentramos
nossas atividades, precisamos do apoio mútuo das prefeituras com estadia e
hospedagem", reforçou o comandante, referindo-se às leis que preveem
remunerações de militares em deslocamento. "Eles só não precisam ser
indenizados se aonde chegarem, eles receberem alojamento e alimentação",
complementou.
O combate ao
escalpelamento pela Capitania dos Portos consiste na cobertura do eixo do
motor, além de fiscalizações e multas aos donos de embarcações que não fizerem
essa proteção. "Quando fazemos grandes campanhas de fiscalização, levamos
a bordo de embarcações de maior porte, uma estrutura para distribuir o kit de
proteção aos ribeirinhos", explicou.
Carlos Neves
informou que as fiscalizações em Macapá e Santana ocorrem, principalmente, de
sexta-feira a domingo, "período de maior fluxo de embarcações navegando
nos rios do Amapá", disse.
Para que as
equipes atendam a outros municípios, é necessário uma solicitação dos órgãos
públicos para que a Marinha providencie o deslocamento dos militares. "Não
é impossível, desde que seja feita essa solicitação e recebamos o apoio das
entidades públicas", ressaltou.
Curso
Em setembro de 2013, uma equipe de 30 militares deve ir até a cidade de Altamira (PA), onde a Capitania dos Portos do Amapá tem jurisdição, para ministrar um curso de 50 horas a 180 ribeirinhos. Eles vão aprender a conduzir um barco a motor com até oito metros de comprimento. A solicitação foi feita pela prefeitura local, segundo Neves.
A hospedagem,
estadia, alimentação e passagem serão custeadas pela empresa responsável pela
construção da barragem de Belo Monte.
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